Guerra Irã x Israel: Origens do Conflito
Ouça em áudio ou leia
O planeta vive um fim de semana tenso. Desde a noite da última quinta-feira, os bombardeios de Israel contra instalações nucleares, bases militares e cidades iranianas reacenderam o temor de uma nova guerra no Oriente Médio. O Irã respondeu aos ataques, e cresce o medo de uma escalada que envolva o uso de armas nucleares e contamine outras regiões.
Segundo especialistas, o conflito entre Israel e Irã tem raízes profundas na disputa por influência no Oriente Médio. De um lado, Israel — cercado por inimigos, acusado de colonizar territórios palestinos e de cometer genocídio em Gaza. Do outro, o Irã — um país muçulmano xiita que há décadas financia grupos contrários ao Estado israelense.
Para o professor Ronaldo Carmona, da Escola Superior de Guerra, Israel aproveita uma “janela de oportunidades” para enfraquecer o Irã, mesmo em meio a uma crise política interna sob o governo de Benjamin Netanyahu. Segundo ele, Netanyahu tenta implementar um projeto de expansão territorial chamado de “Grande Israel”, ampliando o domínio do país na região e reduzindo a força dos adversários.
O professor explica ainda que o Irã lidera há décadas o chamado “Eixo de Resistência”, uma aliança de grupos islâmicos contrários a Israel. Esse eixo inclui o Hamas, o Hezbollah, milícias iraquianas, os houthis no Iêmen e, por muito tempo, o regime sírio de Bashar al-Assad. No entanto, o Irã vem sofrendo sucessivos golpes, muitos atribuídos a Israel — como a destruição da infraestrutura do Hezbollah, a queda do governo sírio e até o acidente de helicóptero que matou o presidente iraniano em 2024. Tudo isso enfraqueceu o país e abriu caminho para a ofensiva israelense.
O estopim do conflito atual está ligado ao programa nuclear iraniano. Na quinta-feira, a Agência Internacional de Energia Atômica aprovou uma resolução afirmando que o Irã não tem cumprido obrigações que permitem inspeções sobre o uso pacífico do seu programa atômico. Segundo a agência, o país estaria enriquecendo urânio a 60% e possui cerca de 400 quilos desse material.
Na sexta-feira, Israel bombardeou alvos nucleares e militares no Irã, matando cientistas e oficiais de alto escalão. O Irã prometeu responder, aumentando ainda mais a tensão na região.
Israel acusa o Irã de desenvolver bombas nucleares. Já o governo iraniano nega e diz usar a energia atômica apenas para fins pacíficos, como geração de eletricidade e medicina. Vale lembrar que o Irã é signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear, enquanto Israel nunca assinou o acordo e, segundo especialistas, mantém cerca de 200 ogivas nucleares não declaradas.
O cientista político Bruno Lima Rocha reforça que o Irã vem sendo constantemente inspecionado pela agência internacional e tem acordos diplomáticos desde 2015. Ele aponta que a fiscalização é severa e que o país se comprometeu a não desenvolver armas nucleares. Em contraste, Israel nunca abriu mão de seu programa secreto nem permitiu inspeções internacionais.
A guerra de versões e os interesses geopolíticos tornam o conflito ainda mais delicado. A comunidade internacional observa com preocupação, diante da possibilidade real de um confronto armado em grande escala, com consequências imprevisíveis para o mundo.
#guerra
Ouça em áudio ou leia
O planeta vive um fim de semana tenso. Desde a noite da última quinta-feira, os bombardeios de Israel contra instalações nucleares, bases militares e cidades iranianas reacenderam o temor de uma nova guerra no Oriente Médio. O Irã respondeu aos ataques, e cresce o medo de uma escalada que envolva o uso de armas nucleares e contamine outras regiões.
Segundo especialistas, o conflito entre Israel e Irã tem raízes profundas na disputa por influência no Oriente Médio. De um lado, Israel — cercado por inimigos, acusado de colonizar territórios palestinos e de cometer genocídio em Gaza. Do outro, o Irã — um país muçulmano xiita que há décadas financia grupos contrários ao Estado israelense.
Para o professor Ronaldo Carmona, da Escola Superior de Guerra, Israel aproveita uma “janela de oportunidades” para enfraquecer o Irã, mesmo em meio a uma crise política interna sob o governo de Benjamin Netanyahu. Segundo ele, Netanyahu tenta implementar um projeto de expansão territorial chamado de “Grande Israel”, ampliando o domínio do país na região e reduzindo a força dos adversários.
O professor explica ainda que o Irã lidera há décadas o chamado “Eixo de Resistência”, uma aliança de grupos islâmicos contrários a Israel. Esse eixo inclui o Hamas, o Hezbollah, milícias iraquianas, os houthis no Iêmen e, por muito tempo, o regime sírio de Bashar al-Assad. No entanto, o Irã vem sofrendo sucessivos golpes, muitos atribuídos a Israel — como a destruição da infraestrutura do Hezbollah, a queda do governo sírio e até o acidente de helicóptero que matou o presidente iraniano em 2024. Tudo isso enfraqueceu o país e abriu caminho para a ofensiva israelense.
O estopim do conflito atual está ligado ao programa nuclear iraniano. Na quinta-feira, a Agência Internacional de Energia Atômica aprovou uma resolução afirmando que o Irã não tem cumprido obrigações que permitem inspeções sobre o uso pacífico do seu programa atômico. Segundo a agência, o país estaria enriquecendo urânio a 60% e possui cerca de 400 quilos desse material.
Na sexta-feira, Israel bombardeou alvos nucleares e militares no Irã, matando cientistas e oficiais de alto escalão. O Irã prometeu responder, aumentando ainda mais a tensão na região.
Israel acusa o Irã de desenvolver bombas nucleares. Já o governo iraniano nega e diz usar a energia atômica apenas para fins pacíficos, como geração de eletricidade e medicina. Vale lembrar que o Irã é signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear, enquanto Israel nunca assinou o acordo e, segundo especialistas, mantém cerca de 200 ogivas nucleares não declaradas.
O cientista político Bruno Lima Rocha reforça que o Irã vem sendo constantemente inspecionado pela agência internacional e tem acordos diplomáticos desde 2015. Ele aponta que a fiscalização é severa e que o país se comprometeu a não desenvolver armas nucleares. Em contraste, Israel nunca abriu mão de seu programa secreto nem permitiu inspeções internacionais.
A guerra de versões e os interesses geopolíticos tornam o conflito ainda mais delicado. A comunidade internacional observa com preocupação, diante da possibilidade real de um confronto armado em grande escala, com consequências imprevisíveis para o mundo.
#guerra

·68 Views
·0 önizleme